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Se você chegou até aqui deve estar se preparando para o exame da ordem, mas não sabe como funciona a segunda etapa do certame. Dividida em duas etapas eliminatórias, a primeira fase conta com 80 questões objetivas de diversas áreas do direito, nas quais o candidato deve acertar ao menos 40 para poder se classificar para a segunda etapa.

Porém, como funciona a segunda etapa? Como se preparar para a prova prática? Qual área escolher? Essas são algumas questões que serão respondidas no post de hoje.

Qual área escolher?

A primeira decisão a ser tomada pelo candidato na etapa de inscrição é a escolha da área para a realização da segunda etapa.

A banca permite que o candidato escolha entre:

  • Direito Constitucional
  • Direito Administrativo
  • Direito Civil
  • Direito Penal
  • Direito Empresarial
  • Direito do Trabalho
  • Direito Tributário

Em cada uma delas serão cobrados assuntos de direito material e direito processual.

A primeira dica é escolher aquela área que você mais se identifica, gosta de estudar ou teve experiência prática, como estágios. Na segunda fase você precisará dedicar os estudos apenas para esta área em específico, então fica bem mais fácil quando se tem afinidade com o conteúdo.

Um dos mitos da prova é de que existem áreas mais fáceis, não existe uma matéria melhor que a outra, mas, sim, aquelas que o candidato se identifica mais ou tem mais experiência.

Ficou na dúvida entre duas áreas? Pense naquela que você se sentiria mais motivado a estudar. Uma dica é olhar as provas antigas para conseguir entender melhor como o conteúdo é cobrado.

Taxas de aprovação variam conforme os anos e o número de peças nem sempre é o mais relevante para o conteúdo, então não são critérios recomendados para se levar em consideração na escolha.

Como é cobrado o conteúdo?

A segunda etapa consiste na redação de uma peça processual e 4 questões discursivas valendo 1,25 pontos cada. Nessa etapa o candidato precisa ter nota 6,0 para ser aprovado.

A peça processual exige primeiro a identificação da peça correta, estrutura com os elementos constitutivos qualificadores, a apresentação dos fatos e argumentos jurídicos, como as preliminares e as questões de mérito.
Nesta fase, será cobrado o conhecimento não só da legislação mas também de súmulas e capacidade de redigir as respostas de forma lógica e adequada.

O candidato deve estar atento para responder todas as questões com citação ao fundamento jurídico adequado. Para isso é importante conseguir consultar o vade mecum de forma rápida.

Como escolher e anotar em seu Vade Mecum

É permitido o uso de vade mecum físicos, sem qualquer comentário, na prova. Neste momento uma preocupação frequente dos estudantes é qual vade mecum escolher e como se organizar nos estudos.

  1. Vade Mecum atualizado: diariamente são realizadas alterações legislativas e edição de súmulas, por isso é muito importante que o Vade Mecum usado nas provas seja atualizado para que você não seja pego despreparado sobre uma mudança legislativa importante.
  2. Aposte no conhecido: se você já utiliza uma editora específica para estudar é melhor permanecer naquilo que você já conhece. Será mais fácil para você se encontrar nos estudos.
  3. Vade mecum específico ou geral? Uma escolha muito pessoal que possui vantagens e desvantagens. A maior vantagem do vade mecum específico de determinada área é que este é mais compacto e pode ser mais fácil de manusear e achar o que está procurando, porém podem não ser tão completos. Já o vade mecum geral pode ser mais completo mas também mais difícil de manusear e encontrar o conteúdo.
  4. Não compre legislação comentada, anotada ou comparada! Esses materiais são vedados pelo edital.
  5. Estude com seu vade mecum ao lado: usar o material antes da prova vai te ajudar a conhecer e encontrar os conteúdos com maior facilidade.

O edital permite que o candidato faça remissões, anotações e marcações no vade mecum, mas com algumas limitações.

Não é permitido estrutura de peças!

A simples remissão é permitida, como a anotação do número de um artigo abaixo de outro, mas a criação de um roteiro não. Por isso não acrescente qualquer outra informação ao anotar.

  • Uso de cores: podem ser usadas cores diferentes para grifo. Cuidado para não usar em demasia e acabar se confundindo. Uma opção é criar um sistema de cores, como uso de cores diferentes para agrupar assuntos semelhantes, sempre com cuidado para não estruturar a peça.
  • Cuidado para não utilizar um marcador que dificulte a leitura.
  • Clipes e separadores da editora: clipes e separadores das editoras são permitidos para te ajudar a encontrar os principais códigos e leis.
  • Post its e adesivos autocolantes: esse tipo de material é vedado pelo edital mesmo que esteja em branco, não utilize ou seu material pode ser recolhido pelo fiscal.

Dica do especialista

O professor André Monteiro, mestre em Direito Penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e também professor de Direito nas faculdades FADISA, EBRADI e UNISAN, alerta para a necessidade do candidato estar atento aos entendimentos dos tribunais superiores.

“Nos últimos anos temos percebido a cobrança dos entendimentos dos tribunais superiores. Para a segunda fase da prova, uma dica que passo para os meus alunos é a de se manter atualizado na jurisprudência através da leitura dos informativos do STF e STJ”, alerta o professor.

Após essa compreensão das principais informações para a segunda etapa da prova da OAB o próximo passo é começar a estudar e se preparar para o exame. Baixe nosso APP e configure toda a legislação federal atualizada, além de súmulas, remissões, comentários de artigos e centenas de conteúdos jurídicos exclusivos!

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