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O mês de outubro deste ano foi marcado pelas ocorrências das eleições, com a escolha dos candidatos a Presidente da República, Senado Federal e Câmara dos Deputados. Em postagens anteriores abordamos um pouco mais sobre cada um desses cargos, mas hoje vamos tratar do gaslighting político, o que se trata e como evitar esse fenômeno. 

Para quem nunca se deparou com esse conceito gaslighting, que pode ser traduzido para o português como manipulação, é uma tática de manipulação que promove a violência psicológica. Quem é vítima dessa prática pode ter sua percepção ou memória colocada em dúvida, com informações inventadas ou alteradas para deixar a vítima desorientada ou incerta sobre os acontecimentos vividos. 

Essa prática é de difícil percepção já que não há uma mentira ou violência direta, mas, sim, pequenas alterações da realidade que alteram a capacidade de discernimento das vítimas. 

O gaslight é mais comum em relacionamentos, amorosos, de família ou amigos, mas pode ocorrer fora dessa esfera também, como o Gaslight médico ou o do trabalho, com alterações ou omissão de informações, descredibilização das situações ocorridas entre outras condutas. 

 

É possível ocorrer o gaslight político? 

O professor Lenio Streck, em postagem recente do Conjur, apresentou o conceito de Gaslight jurídico. Para ele essa modalidade de manipulação ocorreria quando o judiciário ignora os argumentos ou fatos levantados pela parte ou não corrige seus erros mais evidentes. 

Essa prática aniquila direitos e faz com que os jurisdicionados duvidem das suas próprias percepções da realidade, no caso a jurídica. 

No âmbito da política é possível pensar na ocorrência semelhante do mesmo fenômeno, com alterações pelos políticos da nossa percepção da realidade para criar situações distintas da realidade vivida. 

Como evitar o gaslighting político?

Os psicólogos debatem as melhores formas de se proteger do gaslight mas apontam como primeiro passo perceber que estão sendo vítimas dessa prática. Isso porque, ao notarmos que o outro está intencionalmente realizando tais atos fica mais fácil perceber as artimanhas. 

Trazendo tais fatos para o mundo jurídico importante estar atento às informações e fatos vinculados para não cair em armadilhas e distorções. Esses argumentos utilizados são fidedignos ou possuem base científica? Essa é verdadeiramente a minha realidade vivida? 

Essas são algumas perguntas importantes para se evitar cair no gaslight político e perceber se os discursos usados por governantes e candidatos estão realmente baseados em situações reais e não em distorções da realidade. 

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