Nos últimos dias as seccionais da OAB realizaram o processo eleitoral para definir diretorias e conselhos das subseções para o próximo triênio, anos de 2022 a 2024. As eleições contaram com algumas novidades importantes, como a possibilidade de participação e voto on-line, bem como a presença de cotas para mulheres e pessoas negras.
As cotas, aprovadas pelo Conselho Federal da OAB, previam uma reserva de vagas de 50% de gênero e 30% para negros, pela vigência de 10 eleições. Porém, as cotas raciais, em decisão de agosto de 2021, ficaram restritivas à composição geral da chapa e não aos postos de comando.
Tal política de paridade de gênero já mostrou resultados nas eleições, com decisões inéditas. Destaca-se a eleição da primeira presidente mulher na seccional paulista, atualmente a maior do país, desde a sua fundação em 1932: a advogada criminalista Patrícia Vanzolini.
Para além dos resultados paulistas, outras quatro seccionais também elegeram presidentes mulheres, em Santa Catarina, Paraná, Bahia e Mato Grosso. Sendo que a seccional do Mato Grosso era a única que já havia contado com uma gestão feminina.
Cabe relembrar que a seccional paulista celebrou o primeiro presidente negro, Benedicto Galvão, na gestão de 1940-1941, mas nas eleições deste ano foram de poucas vitórias na busca de igualdade racial.
Desta forma, houve um grande avanço a ser celebrado nas eleições deste ano, sobretudo nos postos de comando femininos, mas há muito a progredir na consolidação dessa presença e na igualdade racial.
Opinião JurisHand
A equipe JurisHand celebra as inéditas e importantes vitórias femininas. Sempre em apoio da luta pela igualdade de gênero em todos os âmbitos mas, em especial, na representação da advocacia, profissão fundamental para promoção da justiça na sociedade.