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Introdução à Medida Provisória 1.288/2025

A Medida Provisória 1.288/2025 introduz novas regras para pagamentos via Pix, proibindo a cobrança de valores adicionais por esse meio em transações à vista. Essa regulamentação visa ampliar a proteção ao consumidor e consolidar o Pix como uma forma de pagamento inclusiva e isonômica, alinhada às normas do Código de Defesa do Consumidor. Neste artigo, abordaremos os principais pontos da MP, seus impactos e implicações para consumidores e empresas.

1. O que é a Medida Provisória 1.288/2025?

A Medida Provisória 1.288/2025 é uma iniciativa do Governo Federal, publicada em 16 de janeiro de 2025, com o objetivo de regulamentar práticas relacionadas ao uso do Pix em transações comerciais. O principal ponto da MP é a proibição de cobranças adicionais ou preços superiores para pagamentos realizados via Pix à vista, protegendo consumidores de práticas abusivas.

2. Direitos do consumidor garantidos pela MP 1.288/2025

A MP 1.288/2025 reforça os direitos do consumidor ao impedir que fornecedores de bens e serviços exijam valores adicionais para pagamentos realizados por Pix. Essa prática, considerada abusiva pelo artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), agora possui regulamentação específica, ampliando a segurança nas relações de consumo.

Os estabelecimentos devem informar, de forma clara, que não podem cobrar taxas extras pelo uso do Pix, sob pena de sanções legais.

App de Banco que realiza Pix

3. O Pix e sua equiparação ao pagamento em espécie

Um ponto central da MP é a equiparação do Pix ao pagamento em espécie, conforme estabelecido pelo §4º do artigo 2º da medida. Isso significa que o pagamento via Pix à vista deve ser tratado como dinheiro físico, garantindo isonomia no tratamento de formas de pagamento e impedindo discriminações comerciais.

4. Obrigações para os fornecedores de bens e serviços

Com a publicação da MP, os fornecedores, sejam eles de lojas físicas ou virtuais, possuem novas obrigações:

  • Informar os consumidores sobre a proibição de cobrança adicional em pagamentos via Pix.
  • Garantir que os preços e condições de pagamento não sejam diferenciados para o Pix à vista.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) ficará responsável por regulamentar e fiscalizar o cumprimento dessas medidas, além de disponibilizar canais de denúncia para consumidores que identifiquem práticas irregulares.

5. Papel do Banco Central e proteção de dados

O Banco Central do Brasil (Bacen) desempenha papel crucial na implementação da MP. Além de assegurar a infraestrutura do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), o Bacen deverá garantir a privacidade das informações financeiras dos usuários, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Essa iniciativa também reforça a segurança digital, protegendo transações contra fraudes e garantindo que as informações dos usuários não possam ser identificadas, salvo exceções previstas em lei.

6. Impactos tributários: Isenção de taxas

Outro ponto relevante da MP 1.288/2025 é a determinação de que pagamentos via Pix não estão sujeitos à incidência de tributos, sejam eles impostos, taxas ou contribuições. Essa medida favorece a competitividade do Pix em relação a outras formas de pagamento, como cartões de crédito e débito, que geralmente envolvem custos adicionais para consumidores e lojistas.

7. Penalidades para práticas abusivas

Empresas que não cumprirem as diretrizes da Medida Provisória 1.288/2025 estarão sujeitas às penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor. Isso inclui:

  • Multas administrativas.
  • Suspensão temporária de atividades.
  • Inclusão em listas de práticas abusivas monitoradas pela Senacon.

Essas sanções visam desestimular comportamentos lesivos e fortalecer os direitos dos consumidores no Brasil.

8. Conclusão: O fortalecimento do Pix no sistema financeiro brasileiro

A Medida Provisória 1.288/2025 marca um importante avanço na regulamentação do Pix, garantindo que ele permaneça como uma forma de pagamento acessível, segura e sem discriminações. A proibição de cobranças adicionais fortalece a confiança dos consumidores nesse meio de pagamento, consolidando sua posição no sistema financeiro brasileiro.

Com a MP, o governo reforça seu compromisso com a proteção do consumidor e a modernização do mercado financeiro, promovendo maior transparência e inclusão digital.

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Até a próxima!

Equipe JurisHand

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