George Orwell, Isaac Asimov e outros nos avisaram: as máquinas irão dominar o mundo! E já temos entre nós uma inteligência artificial extremamente sofisticada e com a aptidão para tornar a advocacia de hoje obsoleta. Conheça o ChatGPT.
Para entender mais sobre a Chat GPT, o Jurishand conversou com uma especialista em sistemas de informação e traz esclarecimentos sobre essa “ameaça”.
O ano de 2023 começou com uma grande revolução tecnológica: a ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial altamente sofisticada, dinâmica e interativa estava revolucionando a forma de fazer pesquisas (simples e complexas), de produzir textos e de criar conteúdos dos mais diferentes formatos e especificidades.
Com simples comandos, o interlocutor passa à ferramenta as orientações e objetivos do trabalho a ser realizado. Em questão de poucos minutos o resultado chega e é impressionante: um trabalho autoral inédito e que atende às exigências do interlocutor está pronto (e é quase irretocável).
As aplicações da inteligência artificial são inúmeras… trabalhos escolares, pesquisas, artigos acadêmicos e (por que não?) peças jurídicas podem ser confeccionadas, com qualidade, em um curtíssimo espaço de tempo. Economia de tempo e dinheiro! É o fim da advocacia!
Calma! Não é bem assim… Sim, a ferramenta é impressionante e espanta pela excelência na sua produção, contudo, ainda apresenta alguns pontos a serem melhorados, especialmente no que diz respeito à capacidade crítica e de improvisação/inovação, características estas que ainda são muito humanas e de difícil reprodução.
Sobre a ChatGPT e sua aplicação no mundo jurídico, batemos um papo com Heloísa Monteiro, especialista em sistemas de informática e fundadora da startup QuickLGPD:
“De positivo, temos que as pesquisas jurídicas serão mais rápidas e precisas sejam sobre leis, regulamentos ou precedentes. Pode-se assim economizar o precioso tempo e aumentar a eficiência. O ChatGPT pode também ser utilizado como gerador de contratos, petições e relatórios: mais tempo economizado. Em processos jurídicos complexos com grandes quantidades de dados e informações, tanto a pesquisa quanto a análise dos dados pode ser feita pelo ChatGPT. Como nem tudo são flores (ainda bem!) a análise crítica, o julgamento e a revisão dos materiais gerados pelo aplicativo continuarão precisando da habilidade, do conhecimento e do talento dos advogados.”
Como vimos em outras situações (implementação dos processos digitais e aceitação de mensagens de Whatsapp e por outros app como meios válidos de comunicações processuais), os avanços tecnológicos no mundo jurídico são dinâmicos e veem para ficar.
Para os operadores do Direito, a alternativa é, nas palavras da nossa entrevistada, está em se “familiarizar com a tecnologia que aí está, aprender a utilizar essa tecnologia a seu favor. Estudar, entender como ela pode ajudar, aproveitar seus aspectos positivos para contrapor aos negativos. Existe uma infinidade de aplicações de IA sendo lançadas diariamente. Muitas delas são úteis ao seu trabalho. Familiarize-se com elas. Crie as suas próprias ferramentas”.
Logo, o cenário não é tão desesperador, especialmente para aqueles que se mostrarem dispostos a estudar e se adaptar. A tecnologia não pode ser vista como concorrência, mas sim como um instrumento de aprimoramento e desenvolvimento.
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Bons estudos!